Filme mais sorridente de Aurand.
A diretora é bem-vinda por todos que filma (mais do que isso, revela sorrisos que só são possíveis diante de sua câmera-olho) e sempre está confortável, e é confortada, nos espaços que observa. Não consigo pensar em outro artista que alcance isso. Ela tem muita intimidade com o mundo.
Nos filmes de Aurand, a própria se funde ao documento, criando uma energia processada na reciprocidade. Ela é interativa sem mesmo aparecer; sua presença é perceptível pois dividimos com ela o olhar. Tudo é motivo de alegria diante da câmera de Aurand.
Ó Índia que fascinou tantos gigantes…
por Gabriel Linhares Falcão