
A dedicatória a Farocki vai muito além da cartela. A narração disseca a historicidade das cenas, o contexto político-socio-cultural e o contexto ficcional ganham peso cada vez que o narrador entra, descrevendo o coração da cena, reforçando toda a motivação que constitui os momentos observados.
Para Petzold, que já trabalhava com esses dois contextos em seus filmes, a influência farockiana caiu como uma luva. Temos em Transit não só um narrador, mas também um ensaísta.
por Gabriel Linhares Falcão